Você já sentiu palpitação? Percebeu que o ritmo do coração mudou? Isso pode ser uma arritmia e é importante saber que você deve fazer .
A arritmia cardíaca é essa sensação de que os batimentos cardíacos estão mais acelerados ou lentos que o comum ou até mesmo batendo em um ritmo irregular.
Pode ser um problema simples e causado por uso abusivo de estimulantes como café, por exemplo, ou por algo mais grave como isquemia do miocárdio. Por isso, é fundamental procurar um especialista para um avaliação.
Confira abaixo o que é arritmia cardíaca, suas principais causas, fatores de risco e quais os tratamentos disponíveis!
O que é arritmia cardíaca?
Trata-se de uma condição em que os impulsos elétricos do coração não estão funcionando adequadamente, levando a alteração nos batimentos cardíacos.
No cenário considerado normal, a frequência cardíaca fica entre 50 e 100 batimentos por minuto e os batimentos são em ritmo regulares.
Quando a pessoa está com uma arritmia, pode haver tanto a redução quanto a elevação na sua frequência, acompanhado ou não de sintomas.
O termo utilizado para cada uma dessas 3 situações são:
- Taquicardia
– Quando os batimentos ficam acelerados;
- Bradicardia
– Os batimentos ficam mais lentos;
- Irregularidade
– Os batimentos ficam irregulares;
Causas da arritmia cardíaca
É fundamental conhecer as causas que podem levar a essa modificação nos batimentos. As mais comuns são:
- Ansiedade;
- Estresse;
- Anemia;
- Febre;
- Exercícios físicos;
- Uso de pílulas para emagrecer;
- Níveis baixos de oxigênio no sangue;
- Hipertensão;
- Disfunção da tireoide;
- Doença de válvulas cardíacas;.
- Síndrome do pânico;
- Miocardite
- Isquemia do miocárdio;
Existem ainda outros motivos que podem aumentar a frequência cardíaca, como o consumo excessivo bebidas à base de cafeína (energético e café), uso de nicotina e outros tipos de drogas, como cocaína.
Diverso remédios podem desencadear esse sintoma, como os utilizados em tratamento de tireoide, pressão arterial e asma.
Fatores de risco
Há determinadas situações em que as chances de desenvolver arritmia cardíaca é maior. Os principais fatores de risco são:
- Alterações cardíacas:
infarto agudo ou história de infarto, válvulas cardíacas com funcionamento inadequado, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca, miocardite, fibrose no músculo cardíaco.
- Doença cardíaca congênita:
quando a pessoa já nasce com algum defeito que prejudica no funcionamento do coração;
- Diabetes: quando a doença não é devidamente controlada, pode levar ao surgimento de doença arterial coronariana podendo cursar com arritmias.
- Obesidade:
eleva os riscos de hipertensão arterial e, consequentemente, de ocorrer arritmia cardíaca;
- Apneia do sono:
nesta doença, a respiração é interrompida ao longo do sono, fazendo com que o coração não receba o oxigênio necessário para o seu pleno funcionamento;
- Desequilíbrio eletrolítico:
Quando reduz ou aumenta a quantidade de eletrólitos presentes no sangue, o funcionamento do coração passa a ser afetado, já que a condução e os estímulos neurológicos, dependem dos eletrólitos.
- Alcoolismo:
O consumo excessivo de álcool afeta nos impulsos elétricos do coração, influenciando no seu batimento; Além disso, o álcool pode piorar a apneia do sono contribuindo para arritmia.
- Drogas ilícitas:
O uso de drogas, como anfetaminas e cocaína cursam com descarga de adrenalina que pode induzir arritmias.
Quando é importante buscar a ajuda médica?
Muitas vezes, a arritmia pode ser assintomática
e, consequentemente, os paciente não atrasam em procurar ajuda médica.
Assim, visite imediatamente um cardiologista
se você cursar com um arritmia.
A recomendação é, sempre, de procurar um médico na urgência se vier acompanhado de:
- Perda da consciência;
- Aperto no peito;
- Sudorese ;
- Tontura;
- Desmaio ou sensação de desmaio;
- Falta de ar;
- Visão turva;
- Palidez.
É indicado marcar uma consulta com um cardiologista caso a arritmia cardíaca for frequente e a pessoa tenha um dos fatores de risco citados anteriormente.
O cardiologista poderá solicitar exames específicos a fim de investigar a arritmia e então, indicar o tratamento adequado.
Como é realizado o diagnóstico do problema
Na consulta, além da análise do histórico familiar do paciente, do seu estilo de vida, dos fatores de riscos e dos sintomas, o médico poderá constatar a arritmia já no exame físico. Em muitos casos, a arritmia já pode ser evidenciada com a palpação dos pulsos ou com a ausculta cardíaca.. Para outros casos, uma investigação deve ser realizada.
Os exames complementares mais comuns são:
- Eletrocardiograma:
Esse exame consegue detectar a atividade elétrica do coração, medindo o tempo e a duração dos batimentos assim como regularidade dos batimentos.
- Holter 24 horas:
Nesse exame, o paciente utiliza esse dispositivo portátil de ECG por 1 dia, permitindo que os sinais elétricos do coração sejam gravados em situações diversas e, posteriormente, analisados pelo médico;
- Ecocardiograma:
Com a realização do ultrassom, o coração e suas válvulas são avaliadas. É possível verificar o tamanho e formato das cavidades e se ele está funcionando adequadamente;
- Teste de inclinação:
Em casos em que a pessoa sofre de desmaios e tonturas, costuma ser indicado o teste de inclinação, em que a frequência cardíaca e pressão arterial são monitoradas em diferentes posições corporal e sob estímulos.
- Teste ergométrico ou de esforço:
Neste exame, é avaliado o funcionamento cardiovascular quando a pessoa está realizando algum esforço físico.
O cardiologista poderá pedir outros exames mais específicos, como sangue, radiografia e ressonância do coração, por exemplo, a depender dos sintomas.
Arritmia cardíaca tem cura?
A terapia adequada depende da sua causa. Se a arritmia é causada pelo consumo de produtos estimulantes, por exemplo, a indicação será a sua redução ou eliminação. As demais medidas podem incluir desde o uso de medicamentos ou até ser indicada a cirurgia.
Dentre os medicamentos mais utilizados nos casos de taquicardia destacam-se os antiarrítmicos. Sua função é de controlar os batimentos do coração e fazer com que voltem ao seu ritmo normal.
Em casos mais sérios, em que somente o medicamento não foi efetivo, o médico pode realizar:
- Cirurgias: Ablação por cateter, cardioversão elétrica e bypass coronariano;
- Implante de dispositivos: Marcapasso cardíaco e cardioversor desfibrilador implantável;
É importante destacar que a escolha do tratamento adequado deve ser realizada unicamente por um especialista. Jamais se automedique! O uso inadequado de qualquer remédio pode trazer consequências graves.
Cuide do seu coração!
Agora que você já sabe o que é arritmia cardíaca, é hora de reduzir os fatores de risco e evitar problemas cardíacos. Assim, é importante mudar hábitos , cuidar do coração.
Dentre os primeiros passos é reduzir o consumo de cafeína,
que está presente em chás, cafés, chocolates e até refrigerantes, bem como de bebida alcoólica.
Evite estresse. A vida agitada e a ansiedade elevam os níveis de adrenalina e podem causar arritmias.
Fumantes também precisam largar o cigarro, pois a nicotina libera substâncias estimulantes no organismo, como a adrenalina, que desequilibram os batimentos e ainda podem levar ao surgimento de outros problemas mais graves. .
Praticar exercícios regularmente e ter uma boa noite de sono são ótimos aliados para evitar o surgimento de arritmias.