Você sabia que medicações normalmente usadas por cardiopatas podem agravar casos de dengue?
O número de casos de dengue continuam altos em diversas cidades brasileiras e, segundo a OMS, já são quase 6,3 milhões de casos prováveis de dengue no país, sendo 3 milhões confirmados em laboratórios, no ano de 2024.
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores no corpo e manchas avermelhadas pelo corpo. É preciso ficar muito atento aos sintomas, pois a dengue pode ser fatal e a maiorias dos óbitos acontecem por causa das possíveis complicações da doença, como aumento repentino da pressão arterial e hemorragias.
Cardiopatas precisam de atenção especial
Pessoas que possuem doenças cardíacas precisam de atenção especial caso tenham diagnóstico de dengue, afinal a infecção compromete a coagulação do sangue e muitos pacientes crônicos tomam anticoagulantes e antiagregantes de forma contínua, o que pode potencializar o risco de hemorragias importantes provocadas pela dengue.
Em caso de dengue hemorrágica, a orientação é que o paciente interrompa imediatamente o uso dos anticoagulantes e antiagregantes.
Já quando o diagnóstico é de dengue comum, o médico será responsável por avaliar cada caso individualmente, seguindo recomendação do Ministério da Saúde:
- Pacientes submetidos à angioplastia coronariana recente com implante de stents devem – se possível – manter a utilização dos medicamentos durante a infecção;
- No caso de plaquetas acima de 50 mil/mm3, não há necessidade de interromper o uso dos medicamentos;
- Para plaquetas entre 30 mil/mm3 e 50 mil/mm3, os pacientes deverão ser internados para observação e controle diário da contagem de plaquetas e a utilização dos medicamentos fica a critério do médico;
- Quando a contagem plaquetária for abaixo de 30 mil/mm3, pacientes terão os medicamentos suspensos e serão internados para observação até elevação acima de 50 mil/mm3; e
- Em casos de sangramentos, é indicada transfusão de plaquetas, além das medidas específicas para interrupção da hemorragia.
Quando o assunto é dengue, não podemos deixar de ressaltar que o paciente tem risco de evoluir de um estágio a outro muito rapidamente, por isso é importante manter reavaliações frequentes até a alta completa.









